sexta-feira, 30 de outubro de 2015

ATUAL TEMPORADA DA NBA CONTA COM SIGNIFICATIVO NÚMERO DE JOGADORES BRASILEIROS

A temporada 2015/2016 da NBA é especial para o basquete nacional. São nove jogadores brasileiros disputando a melhor liga de basquete do mundo, alguns com maior destaque, outros tentando conquistar espaço em seus elencos. É inegável que esse número é relevante, ainda que pese o fato de estarem numa competição cada vez mais globalizada. O Brasil só perde em número de estrangeiros para o Canadá (13) e França (11).

Além deste feito, é importante ressaltar o provável crescimento desses números a médio e longo prazo, o que é bem animador. O mercado brasileiro já é um dos mais especiais para a NBA. Prova disso são as três edições do Global Games realizadas no Rio de Janeiro. A liga também apóia o nosso torneio local e vê com bons olhos os nossos campeonatos de base.

Na temporada passada, tivemos o segundo jogador brasileiro campeão da NBA. Após Tiago Splitter conquistar o título em 2013/2014 com o San Antonio Spurs, Leandrinho Barbosa teve sua contribuição na segunda unidade do Golden State Warriors vencedor em 2015.

Dentro de todo esse cenário, fiz uma rápida análise do que esperar de cada um dos brasileiros na temporada que se inicia, na ordem em que devem aparecer em seus respectivos times. Serve até como um “esquenta” do que veremos na nossa seleção nas Olimpíadas do Rio em 2016.

LEANDRO BARBOSA
O técnico Steve Kerr vai destinar a Leandrinho o papel de manter a intensidade do time quando os reservas dos Warriors estiverem em quadra. É provável que jogue um tempo razoável, principalmente na temporada regular, se considerarmos que o ataque feroz de Golden State deve resolver muitos jogos com antecedência e dar tempo aos suplentes. Após ser eleito o melhor sexto homem da NBA em 2007 quando atuava no Phoenix Suns, Leandrinho vive novamente um bom momento na liga.


TIAGO SPLITTER
Trocou o Spurs pelo Hawks e tem tudo para manter funções semelhantes na rotação em relação ao que desempenhava no seu antigo time. De todas as transferências possíveis para Splitter, ir para Atlanta foi o melhor que poderia ter acontecido a ele, pois é um time que joga um basquete coletivo e inspirado no que faz San Antonio. Adaptação não será um problema.

RAULZINHO
Em sua primeira temporada na NBA, deve ser mais importante para o Utah Jazz do que se previa no momento de sua chegada à franquia de Salt lake City, principalmente depois da contusão do armador titular Dante Exum. Raulzinho vem jogando muito bem, tem cavado seu espaço num  grupo jovem e promissor, inclusive conquistando a titularidade em algumas partidas.


NENÊ
Segue para mais uma temporada no Washington Wizards, mas dessa vez não deve estar entre os titulares. O técnico Randy Wittman deve optar por um time mais leve e dar mais espaço para o polonês Marcin Gortat. Ainda assim, a bagagem e o talento de Nenê são importantes para as ambições dos Wizards numa temporada regular longa como é a da NBA, e principalmente, nos playoffs, onde são necessários ajustes e a experiência faz diferença.


MARCELINHO HUERTAS
Finalmente veremos o armador titular da nossa seleção na NBA, e de quebra num time tradicionalíssimo como o Los Angeles Lakers. Após muitos anos no Barcelona, onde conquistou títulos e respeito no basquete europeu, Huertas agora vai encarar o desafio de jogar no basquete norte-americano. Em um elenco cheio de jovens, pode se tornar uma das referências técnicas da equipe, mesmo se estiver entre os reservas.


ANDERSON VAREJÃO
Por conta da lesão que o tirou da temporada passada praticamente inteira, perde o seu posto de titular no Cleveland Cavaliers. O pivozão Tymofei Mozgov chegou no meio da temporada passada e jogou bem, fazendo um papel digno no garrafão. Varejão teoricamente disputa com o russo minutos em quadra, já que Tristan Thompson e Kevin Love serão titulares. Anderson é extremamente identificado com a franquia em que atua desde 2004. A torcida em Cleveland o adora e sabe que luta não vai faltar com o brasileiro em quadra, mesmo que isso dure poucos minutos por jogo.

BRUNO CABOCLO
O jovem ala revelado pelo Pinheiros segue para o seu segundo ano no Toronto Raptors. Na temporada passada jogou mais tempo na D-league (a liga de desenvolvimento da NBA) do que no time principal da equipe canadense. Aparentemente nessa temporada a situação não muda. Os Raptors cuidam do Bruno como um jovem talentoso e querem incluí-lo junto aos comandados de Dwane Casey quando sua evolução estiver consolidada. É provável que isso ocorra a partir da próxima temporada.

LUCAS BEBÊ
Também no Toronto Raptors, o pivô teve a oportunidade de atuar no Estudiantes da Espanha antes de ingressar na NBA no ano passado. Espera-se que solidifique seu potencial, pois tem 23 anos e um pouco mais bagagem do que o Bruno Caboclo (20).

CRISTIANO FELÍCIO
Campeão de tudo pelo Flamengo, o ala-pivô teve um bom desempenho na Liga de Verão da NBA conseguiu firmar contrato de dois anos com o Chicago Bulls. Resta saber se ficará com o elenco principal em tempo integral ou se jogará a D-League em algum momento da temporada.

E para você querido leitor? Qual dos brasileiros vai se destacar na NBA? Opine!



terça-feira, 27 de outubro de 2015

REPLETA DE EXPECTATIVA E COM FAVORITOS EM ALTA, TEMPORADA DA NBA COMEÇA NESTA TERÇA

Após meses de espera, a bola finalmente vai subir para mais uma temporada da NBA. Na noite desta terça feira, a partir das 22h, acontecem três jogos. Destaque para as estreias de Cleveland Cavaliers e Golden State Warriors, finalistas da temporada passada. Cleveland vai até o United Center enfrentar o Chicago Bulls, um de seus principais concorrentes na Conferência Leste, enquanto o Warriors inicia sua luta pelo bicampeonato recebendo o desfalcado New Orleans Pelicans de Anthony Davis na ORACLE Arena. Na outra partida da rodada, o Detroit Pistons visita o Atlanta Hawks.

O PRINCIPAL TIME DO LESTE SEGUE SENDO O CLEVELAND

A lista de favoritos ao título não é muito diferente da temporada passada. No lado Leste, Cleveland, liderado por LeBron James, Kyrie Irving e Kevin Love, segue como o principal candidato ao título da conferência. Na lista dos times que tentarão evitar essa tendência estão Miami Heat, Atlanta Hawks, Toronto Raptors, Washington Wizards e Milwaukee Bucks.

O Heat precisará dar encaixe e entrosamento ao seu talentoso elenco durante a temporada. Hassan Whiteside foi uma grata surpresa no garrafão. Resta saber como ele vai se sair ao lado de Chris Bosh, que perdeu grande parte da temporada passada. Goran Dragic tem talento para municiar os dois, mas precisará contar com Dwyane Wade livre de lesões para tornar o time uma potência do Leste novamente.

Hawks e Raptors precisam ir além das brilhantes campanhas de temporada regular. Atlanta foi mais longe e tem um estilo de jogo sólido, muito bem definido pelo técnico Mike Budenhouzer, enquanto Toronto travou na pós temporada passada, sendo varrido pelo Washington. Nem a temporada de All-Star de Kyle Lowry levou o time canadense ao sucesso e DeMarre Carroll chega para tentar estabilizar defesa e ataque. São duas equipes que precisam elevar seus níveis para que de fato estejam credenciadas a brigar efetivamente pelo título.

Os Wizards não conseguiram ir além da semifinal de conferência, pois John Wall, sua grande estrela, ficou de fora nos momentos decisivos por conta de lesão. De qualquer forma, ganharam rodagem nos playoffs e não foram mal. Os Bucks contam com um elenco jovem, físico, cheio de energia e querendo provar o seu valor. São incansáveis na defesa, setor que deve melhorar ainda mais com Greg Monroe no garrafão. Precisam de alguns ajustes que faça o ataque fluir para superarem a primeira rodada de playoffs da temporada passada.

NO OESTE, GOLDEN STATE SEGUE EM BUSCA DO BICAMPEONATO

No Oeste não dá para cravar nenhum favorito de maneira tão clara. Golden State não terá vida fácil para manter o status de campeão. Para chegar ao seu objetivo, terão de superar San Antonio Spurs, Los Angeles Clippers, Oklahoma City Thunder, Houston Rockets e Memphis Grizzlies. Essa elite faz do Oeste a conferência mais forte da liga.

Os Warriors mantiveram o elenco que tirou a franquia da seca de títulos. Se continuarem com seu ímpeto ofensivo em alta, com Steph Curry e Klay Thompson alcançando aproveitamentos absurdos em seus arremessos, fatalmente estarão disputando, no mínimo, a final de conferência novamente. Os Spurs, sempre candidatos com o núcleo que conta com o técnico Gregg Popovic, além de Tim Duncan, Tony Parker, Manu Ginóbilli e Kiwhi Leonard trouxeram nada menos que LaMarcus Aldridge. Temos motivos de sobra para acreditar que ele se adaptará, tendo em vista que San Antonio joga um basquete que funciona como um relógio.

O Thunder precisará de uma temporada saudável do trio Kevin Durant, Russel Westbrook e Serge Ibaka para quem sabe repetir a final de 2011/2012. Nas últimas três temporadas, os três praticamente não atuaram juntos por estarem lesionados (cada um num momento diferente) e isso impediu resultados mais significativos, ficando de fora dos últimos playoffs inclusive. Desta vez isso não deve acontecer e o time brigará na parte de cima da tabela.

Os Clippers tiveram uma oportunidade clara de disputar a final de Conferência passada, mas a eliminação diante do Rockets deu vida aos velhos fantasmas da franquia de fraquejar em momentos decisivos. A turma de LA com certeza vai preferir lembrar da vitória épica sobre o Spurs por 4 a 3 na melhor série dos últimos anos. A diretoria trabalhou bem nessa offseason e melhorou o grupo de apoio de Chris Paul e Blake Griffin com a adição de Lance Stephenson e Josh Smith, além de manter DeAndre Jordan.

Houston não deve mudar o seu estilo de jogo, focando suas ações ofensivas nos chutes de meia e longa distância e aproveitando os espaços para as infiltrações de James Harden e o recém adquirido Ty Lawson. Com Dwight Howard jogando bem no garrafão, os Rockets possuem um dos melhores ataques da NBA. Fato que se contrapõe ao Memphis, uma das fortalezas defensivas da liga. Faz tempo que os Grizzlies impõem seu jogo físico, ofensiva e defensivamente e não mudarão tão cedo. Deixam o sangue e suor na quadra e é um dos adversários mais difíceis de se derrotar. Um time quem tem Marc Gasol e Zach Randolph no garrafão e Mike Conley destruindo corpos na marcação jamais pode ser descartado.

E aí pessoal? Qual a expectativa para a temporada? Quem leva o título? Quem será o MVP? Animados? Palpitem!