A temporada 2015/2016 da NBA é especial
para o basquete nacional. São nove jogadores brasileiros disputando a melhor
liga de basquete do mundo, alguns com maior destaque, outros tentando
conquistar espaço em seus elencos. É inegável que esse número é relevante,
ainda que pese o fato de estarem numa competição cada vez mais globalizada. O
Brasil só perde em número de estrangeiros para o Canadá (13) e França (11).
Além deste feito, é importante
ressaltar o provável crescimento desses números a médio e longo prazo, o que é
bem animador. O mercado brasileiro já é um dos mais especiais para a NBA. Prova disso são as três edições do Global Games realizadas no Rio de Janeiro. A
liga também apóia o nosso torneio local e vê com bons olhos os nossos
campeonatos de base.
Na temporada passada, tivemos o segundo
jogador brasileiro campeão da NBA. Após Tiago Splitter conquistar o título em
2013/2014 com o San Antonio Spurs, Leandrinho Barbosa teve sua contribuição na
segunda unidade do Golden State Warriors vencedor em 2015.
Dentro de todo esse cenário, fiz uma
rápida análise do que esperar de cada um dos brasileiros na temporada que se
inicia, na ordem em que devem aparecer em seus respectivos times. Serve até
como um “esquenta” do que veremos na nossa seleção nas Olimpíadas do Rio em
2016.
LEANDRO BARBOSA
O técnico Steve Kerr vai destinar a
Leandrinho o papel de manter a intensidade do time quando os reservas dos
Warriors estiverem em quadra. É provável que jogue um tempo razoável,
principalmente na temporada regular, se considerarmos que o ataque feroz de
Golden State deve resolver muitos jogos com antecedência e dar tempo aos
suplentes. Após ser eleito o melhor sexto homem da NBA em 2007 quando atuava no
Phoenix Suns, Leandrinho vive novamente um bom momento na liga.
TIAGO SPLITTER
Trocou o Spurs pelo Hawks e tem tudo
para manter funções semelhantes na rotação em relação ao que desempenhava no
seu antigo time. De todas as transferências possíveis para Splitter, ir para Atlanta
foi o melhor que poderia ter acontecido a ele, pois é um time que joga um basquete
coletivo e inspirado no que faz San Antonio. Adaptação não será um problema.
RAULZINHO
Em sua primeira temporada na NBA, deve
ser mais importante para o Utah Jazz do que se previa no momento de sua chegada à
franquia de Salt lake City, principalmente depois da contusão do armador titular Dante
Exum. Raulzinho vem jogando muito bem, tem cavado seu espaço num grupo jovem e promissor, inclusive
conquistando a titularidade em algumas partidas.
NENÊ
Segue para mais uma temporada no
Washington Wizards, mas dessa vez não deve estar entre os titulares. O técnico Randy
Wittman deve optar por um time mais leve e dar mais espaço para o polonês Marcin
Gortat. Ainda assim, a bagagem e o talento de Nenê são importantes para as
ambições dos Wizards numa temporada regular longa como é a da NBA, e
principalmente, nos playoffs, onde são necessários ajustes e a experiência faz
diferença.
MARCELINHO HUERTAS
Finalmente veremos o armador titular da
nossa seleção na NBA, e de quebra num time tradicionalíssimo como o Los Angeles
Lakers. Após muitos anos no Barcelona, onde conquistou títulos e respeito no
basquete europeu, Huertas agora vai encarar o desafio de jogar no basquete
norte-americano. Em um elenco cheio de jovens, pode se tornar uma das referências técnicas da equipe, mesmo se estiver entre os reservas.
ANDERSON VAREJÃO
Por conta da lesão que o tirou da
temporada passada praticamente inteira, perde o seu posto de titular no
Cleveland Cavaliers. O pivozão Tymofei Mozgov chegou no meio da temporada
passada e jogou bem, fazendo um papel digno no garrafão. Varejão teoricamente disputa
com o russo minutos em quadra, já que Tristan Thompson e Kevin Love serão
titulares. Anderson é extremamente identificado com a franquia em que atua
desde 2004. A torcida em Cleveland o adora e sabe que luta não vai faltar com o
brasileiro em quadra, mesmo que isso dure poucos minutos por jogo.
BRUNO CABOCLO
O jovem ala revelado pelo Pinheiros
segue para o seu segundo ano no Toronto Raptors. Na temporada passada jogou
mais tempo na D-league (a liga de desenvolvimento da NBA) do que no time
principal da equipe canadense. Aparentemente nessa temporada a situação não
muda. Os Raptors cuidam do Bruno como um jovem talentoso e querem incluí-lo
junto aos comandados de Dwane Casey quando sua evolução estiver consolidada. É provável que isso ocorra a partir da próxima temporada.
Também no Toronto Raptors, o pivô teve
a oportunidade de atuar no Estudiantes da Espanha antes de
ingressar na NBA no ano passado. Espera-se que solidifique seu potencial, pois tem 23 anos e um
pouco mais bagagem do que o Bruno Caboclo (20).
CRISTIANO FELÍCIO
Campeão de tudo pelo Flamengo, o
ala-pivô teve um bom desempenho na Liga de Verão da NBA conseguiu firmar
contrato de dois anos com o Chicago Bulls. Resta saber se ficará com o elenco
principal em tempo integral ou se jogará a D-League em algum momento da temporada.
E para você querido leitor?
Qual dos brasileiros vai se destacar na NBA? Opine!
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