Na tarde desta quarta-feira, a Liga Nacional anunciou que Fluminense e
Goiânia tiveram seus pedidos aceitos, e assim, ao passar pelos trâmites
burocráticos de aprovação de projetos e estrutura financeira, poderão
participar da próxima temporada do NBB. É importante sempre lembrar que os dois
clubes não conseguiram o acesso via Copa do Brasil. O Goiânia foi derrotado na
semifinal diante do próprio Fluminense, enquanto o tricolor, campeão do
torneio, caiu na etapa seguinte, no triangular final para Tijuca e Macaé.
Particularmente lamento muito essa escolha. Acho que é uma decisão que
não ajuda no crescimento da Liga e do basquete num longo prazo. Vejo muito mais
aspectos negativos do que positivos:
- Fator Positivo (único ao meu ver): é claro que Goiânia, como um centro
novo a ser explorado pela liga, e o Fluminense, um grande clube tradicional,
vão chamar atenção logo de cara e devem atrair públicos interessantes.
Não discuto esse fator benéfico, mas sim o preço que se paga por pensar
somente nesse aspecto. São vários os fatores negativas:
- Descredito da Liga: A Liga já havia se colocado numa postura de acabar
com a possibilidade de convites, aceitando somente o acesso via Copa do Brasil
e quadrangular final.
- Calendário: Em muitos momentos da temporada, o calendário ficou
confuso devido ao excesso de campeonatos paralelos ao NBB. Com mais times, o
problema certamente vai se agravar.
- Nível Técnico do campeonato: Com 18 times, já se questionava se havia
tantos jogadores bons, distribuídos em tantas equipes, prejudicando a qualidade
do NBB. Com dois times a mais, esse quadro fica ainda pior, e prevejo uma
disparidade técnica muito grande entre alguns times.
- Arbitragem: Outro aspecto importante a ser pensado. Se discutimos o
nível dos árbitros o tempo todo, imagina com mais times? Eles estarão
preparados realmente para assumir essa responsabilidade?
Tudo o que citei são fatores comprometedores decorrentes dessa decisão.
Na próxima temporada, quando estivermos assistindo Fluminense ou Goiânia,
ficaremos com uma sensação de que esportivamente as coisas não estão como
deveriam estar. Talvez a decisão teria sentido se não houvesse intenção de
criar uma segunda divisão e assumisse de vez a política dos convites e de
participação via projetos.
Antes de encerrar, queria deixar claro que gosto do trabalho da Liga
Nacional como um todo, não é uma crítica generalizada e sim pontual, nessa
questão especificamente.E você amigo leitor, o que acha? Opine.
Bruno,
ResponderExcluirconcordo com o que escreveu. Apesar desse convite estar na regra, prevaleceu mais uma vez o jeitinho brasileiro. Isso abre um precedente que pode ficar fora de controle.
abs