domingo, 8 de fevereiro de 2015

Com jogos no SporTV, NBA dá mais um passo para a popularização no Brasil e o basquete nacional precisa se aproveitar

Imagem: timeoutbr

Às 6h33 da última sexta-feira (6), Lauro Jardim publicou no blog Radar on-line, hospedado no site da Veja, a notícia de que o SporTV havia fechado com a NBA um acordo de 8 anos de direitos de transmissão, sendo que nesta temporadas os jogos começariam a ser exibidos a partir do dia 24 de fevereiro. Ao longo do dia muito se especulou se com a entrada do canal Globosat, alguns dos canais que transmitem a NBA hoje (ESPN, Sports+ e Space) teriam perdido seus direitos. A resposta é não, para a euforia de quem gosta de basquete. Os contratos atuais estão garantidos até o momento, e as transmissões da SporTV só aumentará a quantidade de opções aos fãs. Única questão pendente é saber se a Turner optará em continuar suas exibições pelo Space ou se vai dar preferencia ao Esporte Interativo.
João Palomino, Diretor de Jornalismo dos Canais ESPN, se pronunciou em meio às especulações: “Caros,  para esclarecer: a ESPN no Brasil assinou recentemente novo contrato com a NBA, que segue no canal por mais 11 (onze) anos”. Ainda em comunicado, a emissora do grupo Disney afirmou que “pelo acordo que passa a valer em 2016, terá ainda mais jogos da temporada regular (serão mais de 100), dos playoffs (20 jogos do primeiro round e 12 do segundo), maior flexibilidade de programação e exclusividade da TV paga brasileira tanto da final de uma das conferências quanto da finalíssima da NBA”.
Existem ainda entre ESPN e SporTV algumas indiretas públicas. Enquanto a SporTV se gaba de uma maior audiência, algo que a NBA procura no momento, a ESPN coloca a tradição de transmissões da liga (desde 1995) como trunfo, além da garantia das finais de conferência e finais da NBA para se intitular a casa da liga no Brasil. Independentemente disso, uma coisa é fato: quanto mais jogos na TV, melhor.
No quesito qualidade, resta conferir como o SporTV vai lidar com uma questão que casou polêmica: a não referencia aos reais nomes de times e patrocinadores quando envolvem estes são de empresas que não estão ligadas à emissora. Vimos isso na pré-temporada do futebol brasileiro, no amistoso entre Red Bull (citado somente como RB Brasil) e a Allianz Parque (que foi chamada de Arena Palmeiras). Sabemos que a maioria das Arenas na NBA tem seu naming rights ligados a empresas e o público (exigente que é) está totalmente habituado a isso. Além disso, é importante saber a equipe que assumirá as transmissões.

Imagem: nba.com
 
Por outro lado, quem pode se beneficiar da NBA no SporTV é o NBB. Sabemos que existem muitos telespectadores acompanham basquete exclusivamente por conta da liga americana, ou ao menos predominantemente por conta dela. Com o direito das duas ligas, o SporTV poderia encaixar em sua grade horários que aproximassem os jogos, deixando o gancho, o convite para aqueles que ainda não acompanham o NBB passem a acompanhar. Um exemplo em caso de transmissão durante a semana: 20h um jogo do NBB e 22h um de NBA, como se fosse uma rodada dupla de basquete. Creio que seria uma aproximação benéfica para o NBB, inclusive porque com parcerias firmadas, a NBA se mostra totalmente favorável as ações que solidifiquem a liga nacional. O crescimento do basquete é algo que seria benéfico a todos os envolvidos.
De certo em tudo isso é que a NBA não está brincando em serviço. Está lutando para estar em maior quantidade na tela do telespectador brasileiro pois sabe que ele é um dos mais apaixonados do mundo e consume todos os produtos disponibilizados pela liga. Talvez o passo que falte é conseguir algo na TV aberta, mas é algo que precisa de uma análise profunda para saber até que ponto vale realmente a pena, uma vez que o crescimento da TV fechada é enorme e a segmentação de público também. Nem o futebol vive tempos de glória nos canais abertos, fracassando constantemente em audiência.

Gostaram da notícia? O que acham deste cenário da NBA na TV a partir de agora? Comente!

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