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Às
6h33 da última sexta-feira (6), Lauro Jardim publicou no blog Radar on-line,
hospedado no site da Veja, a notícia de que o SporTV havia fechado com a NBA um
acordo de 8 anos de direitos de transmissão, sendo que nesta temporadas os
jogos começariam a ser exibidos a partir do dia 24 de fevereiro. Ao longo do
dia muito se especulou se com a entrada do canal Globosat, alguns dos canais
que transmitem a NBA hoje (ESPN, Sports+ e Space) teriam perdido seus direitos.
A resposta é não, para a euforia de quem gosta de basquete. Os contratos atuais
estão garantidos até o momento, e as transmissões da SporTV só aumentará a
quantidade de opções aos fãs. Única questão pendente é saber se a Turner optará
em continuar suas exibições pelo Space ou se vai dar preferencia ao Esporte
Interativo.
João
Palomino, Diretor de Jornalismo dos Canais ESPN, se pronunciou em meio às
especulações: “Caros, para esclarecer: a
ESPN no Brasil assinou recentemente novo contrato com a NBA, que segue no canal
por mais 11 (onze) anos”. Ainda em comunicado, a emissora do grupo Disney
afirmou que “pelo acordo que passa a valer em 2016, terá ainda mais jogos
da temporada regular (serão mais de 100), dos playoffs (20 jogos do primeiro
round e 12 do segundo), maior flexibilidade de programação e exclusividade da
TV paga brasileira tanto da final de uma das conferências quanto da finalíssima
da NBA”.
Existem
ainda entre ESPN e SporTV algumas indiretas públicas. Enquanto a SporTV se gaba
de uma maior audiência, algo que a NBA procura no momento, a ESPN coloca a
tradição de transmissões da liga (desde 1995) como trunfo, além da garantia das
finais de conferência e finais da NBA para se intitular a casa da liga no
Brasil. Independentemente disso, uma coisa é fato: quanto mais jogos na TV,
melhor.
No quesito qualidade, resta
conferir como o SporTV vai lidar com uma questão que casou polêmica: a não
referencia aos reais nomes de times e patrocinadores quando envolvem estes são
de empresas que não estão ligadas à emissora. Vimos isso na pré-temporada do futebol brasileiro, no
amistoso entre Red Bull (citado somente como RB Brasil) e a Allianz Parque (que
foi chamada de Arena Palmeiras). Sabemos que a maioria das Arenas na NBA tem
seu naming rights ligados a empresas e o público (exigente que é) está totalmente habituado a
isso. Além disso, é importante saber a equipe que assumirá as transmissões.
Imagem: nba.com |
Por
outro lado, quem pode se beneficiar da NBA no SporTV é o NBB. Sabemos que
existem muitos telespectadores acompanham basquete exclusivamente por conta da
liga americana, ou ao menos predominantemente por conta dela. Com o direito das
duas ligas, o SporTV poderia encaixar em sua grade horários que aproximassem os
jogos, deixando o gancho, o convite para aqueles que ainda não acompanham o NBB
passem a acompanhar. Um exemplo em caso de transmissão durante a semana: 20h um
jogo do NBB e 22h um de NBA, como se fosse uma rodada dupla de basquete. Creio
que seria uma aproximação benéfica para o NBB, inclusive porque com parcerias
firmadas, a NBA se mostra totalmente favorável as ações que solidifiquem a liga
nacional. O crescimento do basquete é algo que seria benéfico a todos os envolvidos.
De
certo em tudo isso é que a NBA não está brincando em serviço. Está lutando para
estar em maior quantidade na tela do telespectador brasileiro pois sabe que ele
é um dos mais apaixonados do mundo e consume todos os produtos disponibilizados pela liga. Talvez o passo que falte é conseguir algo na TV aberta,
mas é algo que precisa de uma análise profunda para saber até que ponto vale
realmente a pena, uma vez que o crescimento da TV fechada é enorme e a
segmentação de público também. Nem o futebol vive tempos de glória nos canais
abertos, fracassando constantemente em audiência.
Gostaram
da notícia? O que acham deste cenário da NBA na TV a partir de agora? Comente!
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